Astrologia da empatia

Como todos vocês sabem — já que eu falo sobre isso sempre que posso, como um bom ariano -, ando estudando astrologia. Nesse processo de aprendizado, fiz o mapa astral de vários amigos, a pedido deles próprios, como forma de praticar mais esse estudo.

Outro dia, conversando com uma amiga, contei pra ela sobre isso. Ela respondeu, brincando: “espertinho, agora tu sabe tudo sobre eles e pode ‘hackear’ a amizade, usar essas infos ao seu favor”. Nós rimos. Eu fiz um riso maléfico, como se minha maldade tivesse sido descoberta.

Brincadeira, não fiz não. Depois que ela falou isso eu pensei sobre e respondi pra ela que na real conhecer todo mundo mais profundamente me fez ter mais tolerância e empatia sobre a forma como cada um é.

Tem pessoas que não gostam que discordem delas, tem outras que não se importam tanto. Tem umas que quando contam uma história, contam cada detalhe de forma muito prolixa, já outras são diretas e objetivas. Tem gente organizada, tem gente que só não esquece a cabeça porque tá grudada no pescoço, como já diria o ditado. Tudo isso tá no mapa astral. Ler e interpretar essas infos mudou a forma como vejo muita gente.

“Hmmmm então aquela pessoa não age assim pra me incomodar, ela age assim porque ela é assim”. Um pensamento muito óbvio, né? E que eu poderia ter descoberto por outro caminho, mas teve que aparecer a astrologia para abrir meus olhos.

Se antes eu me incomodava com quem agia diferente de mim, hoje eu aceito e desapego de tentar forçar qualquer mudança. Elas são assim e não há nada de errado nisso. Entrar numa discussão com alguém que não gosta de ser contrariado, é arranjar sarna pra se coçar.

É comum acharmos que o certo são as pessoas serem como nós mesmos. Como a gente geralmente gosta de como a gente é, queremos que todos ao redor se moldem aos nossos costumes, visão de mundo e forma de agir. Grande balela.

Esses dias ouvi Alan Watts falar: “você já viu uma nuvem no formato errado?”. Adorei essa frase. Acho que se encaixa nesse papo. A nuvem, não importando sua forma, ainda é nuvem e age como nuvem. Nós também. Todos somos seres humanos lindos e magníficos, mas cada um é do seu jeito. Aceitar isso é aceitar o outro.

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